A professora e coordenadora do curso de Artes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Jussara Rezende de Araújo, 59 anos, foi morta a facadas na noite de segunda-feira (10), em Matinhos, no litoral do Paraná. O filho dela de 29 anos é apontado como autor do crime.
Os dois moravam sozinhos em um condomínio. "O rapaz estava há quatro meses sem fazer uso de medicamentos controlados e teve uma crise", disse o delegado Alcimar de Almeida Garrett ao G1. A professora ainda foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu.
O filho da professora foi preso em flagrante e permanece em uma cela separada dos demais presos. No condomínio, os policiais também apreenderam uma pequena quantidade de maconha.
A UFPR divulgou uma nota em que lamenta a morte de Jussara. "Jornalista, comunicadora, pesquisadora, amante das artes e dedicada educadora, Jussara foi pessoa que marcou nossa comunidade argumentativa acadêmica na UFPR Litoral pela postura ética, crítica, pública. Seu pensamento complexo contribuiu de forma única e insubstituível para a tecitura de novas leituras de realidade, não raro mal compreendidas, na abordagem dos fenômenos da vida social", diz um trecho da nota.
De acordo com a universidade, Jussara trabalhou como "repórter e jornalista no período 1973-89, quando entrevistou personalidades históricas e sociais, editou e colaborou na edição de revistas e jornais da chamada imprensa nanica, entre outros veículos de comunicação de massa".