O custo do empregado para a empresa pode ser de até 2,83 vezes (ou 183%) o salário registrado na carteira. Isso quer dizer que o trabalhador que recebe R$ 730 ao mês exige desembolso de R$ 2.075,90 mensais do empregador. O cálculo é da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e considera que o funcionário permanece na vaga por um ano.
Além de encargos, entram na conta da FGV um conjunto de obrigações legais que a empresa precisa pagar, bem como benefícios, gastos com burocracia e treinamentos. O levantamento dos custos usado no estudo da FGV foi feito em duas indústrias têxteis — uma em São Paulo e outra em Santa Catarina. Por isso, o resultado pode ser considerado apenas como uma média do custo do empregado no Brasil, já que se refere especificamente ao segmento têxtil, alertou André Portela, um dos responsáveis pelo material.
- Então, no site da Escola de Economia da FGV deixaremos a planilha com todos os componentes do cálculo do custo para que cada empresa faça a sua conta sob medida - disse Portela em bate-papo com jornalistas na manhã de hoje, em São Paulo. A FGV também concluiu que quanto mais tempo o empregado ficar na empresa, menor é o custo ao empregador. O funcionário que recebe os mesmos R$ 730 já citados mas permanece na vaga por cinco anos, passa a custar R$ 1.8161,50 por mês à empresa — ou 2,55 vezes o salário. (OGlobo)