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Após BBB 22, Linn da Quebrada quer programa de entrevistas e parceria com Anitta

Ela ainda planeja deixar seu lado escritora aflorar. “Um outro sonho que eu tenho há um tempo é o de escrever um livro”, revelou

Linn da Quebrada, a Lina do BBB 22 (Globo), foi eliminada do reality show, mas está cheia de planos. “Eu quero fazer de tudo um pouco”, afirmou a cantora. “Quero entender quais portas vão se abrir para mim, que oportunidades eu posso agarrar, qual será a melhor maneira de desfrutar disso tudo a longo prazo.”
Entre esses planos, ela diz que gostaria de encaixar parcerias musicais. “A Anitta falou comigo, gente, então quem sabe não vem o feat? Já pensou?”, celebrou. “Estou aí praticamente no ‘sertransnejo’ agora, então quem sabe um feat com a Naiara Azevedo também? (risos). Quero entender o que eu posso cantar, que histórias eu posso contar.”
Outra possibilidade é apresentar um programa de entrevistas. “Acho que todo mundo percebeu que eu sou muito apaixonada por conhecer o outro e a outra”, contou. “A comunicação é não só uma ferramenta como uma arma, que é muito importante ser empunhada. Então tem a possibilidade de ter um programa, de entrevistar pessoas…”
Ela ainda planeja deixar seu lado escritora aflorar. “Um outro sonho que eu tenho há um tempo é o de escrever um livro”, revelou. “Quero muito ter a possibilidade de contar histórias, inventar histórias, ficcionar a realidade. Contar e cantar histórias novas, que ainda não foram imaginadas. Quero um pouco de tudo isso! Tudo que me aparecer, vou olhar com bons olhos.”
A cantora comentou seu desempenho ao longo do reality show da Globo. “Eu entrei achando que fosse me dar muito bem no jogo, que seria boa nas provas, iria ganhar liderança, anjo, e que com isso eu iria ter o poder de decisão no game”, contou. “Mas eu vi que o jogo que eu fiz estava conectado às relações, era o jogo das relações.”
“E nesse jogo das relações eu me vi fragilizada em alguns lugares, como no erro de um pronome em um contexto em que eu me via exposta, sem saber necessariamente como lidar porque, de certa forma, me sentia sozinha diante dessas questões”, lamentou. “Isso me vulnerabilizava, já que eu não entendia como era a melhor maneira de agir.”
“Eu sabia que os erros fazem parte da nossa trajetória e é importante encará-los para que a gente possa ir além deles”, afirmou. “Eu lidava de uma forma leve e isso levava leveza para as outras pessoas diante de mim e dos erros que elas estavam cometendo, mas fazia com que eu carregasse um peso maior diante daquelas questões.”
Ela acredita que sua presença no programa ajudou muita gente a entender as travestis. “A minha forma de atravessar o programa foi um pouco pedagógica em relação a tudo que eu carrego no meu corpo, à história que eu conto e ao que me levava ao programa naquele momento”, avaliou.
Lina admite que teve medo de repetir a trajetória de Ariadna Arantes, primeira transexual a participar do BBB, em 2011. Na ocasião, ela foi a primeira eliminada do BBB 11.
“Eu senti um medo da rejeição, de ir ao paredão logo no início, e acho que isso vem um pouco de uma história anterior do BBB em que a Ariadna saiu na primeira semana”, contou. “Eu queria ter a possibilidade de desfrutar do programa para contar a minha história com mais tempo.”
“Eu sinto que nesse lugar eu venci porque eu consegui viver relações profundas”, comemora. “Nisso eu me surpreendi. Eu imaginava que iria criar laços fortes, mas não imaginava, por exemplo, que eu construiria uma relação como a que eu construí com a Jessilane.”
Questionada sobre se faria algo de diferente no programa, ela respondeu: “Hoje eu digo que sim”. “Não teria votado no P.A! (risos)”, afirmou. “Mas, naquele momento, isso nem se passou pela minha cabeça. Parecia que aquela era a melhor opção para o jogo, enfrentar os embates, por mais que aquilo fosse difícil porque não era algo que eu queria fazer.”
“Talvez, ouvindo um pouco aqui fora sobre o que as pessoas esperavam, eu pudesse ter sido um pouco mais embativa em relação aos erros que me atravessavam”, completou. “Mas eu sinto que eu fiz isso da melhor maneira que eu podia para que eu também não ficasse excessivamente exposta e me violentasse mais uma vez, exigindo de mim, ali sozinha, uma força para questões que nenhuma outra pessoa entendia ou vivia na pele.”
“Sinto que o modo como eu apresentei as minha dores e os meus incômodos foi em um lugar de ‘deixa eu te explicar por que eu estou me sentindo assim’. Fiz de uma maneira mais acolhedora do que embativa.”
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