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"Quentinhas" a R$ 10 alimentam ambulantes no Carnaval de Salvador

   Cris Souza acorda cedo todos os dias do Carnaval e vai direto para o fogão. Com muito amor, como ela mesma diz, prepara comida para alimentar mais de 30. A quentinha é embalada em um recipiente de isopor para conservar o calor.
 Moradora da periferia, Cris e a filha Ana atravessam a cidade de ônibus para poder vender o almoço aos ambulantes do circuito Barra-Ondina. Quando dá, pegam carona com alguém para chegar mais rápido. No cardápio: arroz, feijão, macarrão, salada e um pedaço de carne.
     Nessa segunda-feira, dia 16, tinha bisteca, frango assado, carne assada e ensopado de frango. A quentinha ainda vem acompanhada de farinha e pimenta. “Do jeito que o baiano gosta”, diz com um sorriso no rosto e um sotaque encantador. Cris prepara a comida com pouco sal e sem muita gordura. Prefere usar temperos para dar um gostinho. E vende o prato por R$ 10. “Um preço que os ambulantes conseguem pagar”, explica.
    Em média, mãe e filha vendem 35 quentinhas por dia. Georgina Alves dos Santos, de 58 anos, trabalha como ambulante no circuito e compra quentinha todos os dias. Optou pela bisteca nesta segunda: “muito gostosa, viu?”. Como todos moram muito longe, os ambulantes trocam suas casas pela avenida nos dias de Carnaval. Mas dizem que vale a pena. Em uma noite de trabalho, conseguem lucrar até R$ 700.
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