Os policiais militares da Bahia decretaram greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada após a assembléia da categoria, que terminou por volta das 19h20 de terça-feira (15). O encontro, previsto para começar às 15h30, no Wet'n Wild, na Avenida Paralela, teve início com mais de três horas de atraso já que uma reunião entre o presidente da Aspra, o vereador Marco Prisco, o secretário de segurança pública, Maurício Barbosa, e o comandante geral da Polícia Militar da Bahia (PM-BA), coronel Alfredo Castro, na sede da Secretaria de Segurança Pública, tentava evitar a paralisação.
O resultado da reunião foi apresentado na assembléia geral, mas as lideranças do movimento e os policiais decidiram, ainda assim, interromper as atividades. Durante os mais de nove meses de negociação os policiais e governo discutiram o Plano de Modernização da instituição, sem que tenham conseguido chegar a um denominador comum. Faziam parte da reestruturação da PM, o código de ética da corporação, o Plano de Carreira e a promoção de patentes, além da criação de um grupo de trabalho específico para estudar o sistema remuneratório da Polícia Militar.
Mais cedo, Prisco já havia afirmado que os policiais estavam insatisfeitos com o plano apresentado pelo governo e que o indicativo era de greve. A opinião foi compartilhada pelo presidente da Associação de Oficiais da Polícia Militar da Bahia, tenente-coronel Edmilson Tavares. Segundo ele, a principal reivindicação dos policiais é uma equiparação salarial das Polícias Civil e Militar. "Atualmente um profissional recém-ingressado na Polícia Civil tem um salário maior que um oficial da Polícia Militar com 25 anos de profissão", esclareceu Tavares, que ainda informou que a disparidade salarial entre as duas corporações foi acentuada no atual governo.
O sindicato dos Rodoviários informou que, com a greve da PM, a categoria também paralisará as atividades. Para completar o quadro, policiais civis aderiram à paralisação dos servidores estaduais.
Fonte: Aratu Online