Depois de uma série de manobras fiscais em 2012, a administração das contas públicas continuou a enfrentar críticas em 2013. Com a arrecadação crescendo menos que o previsto, o governo diminuiu a meta de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida pública) ao longo do ano e teve de recorrer a receitas extraordinárias para alcançar o esforço fiscal estipulado.
Em 2012, o governo passou por dificuldades para economizar o estabelecido e teve de usar cerca de R 12,4 bilhões do Fundo Soberano (poupança extra formada em 2008) e a R 7 bilhões de dividendos da Caixa Econômica e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para fechar as contas. As operações provocaram críticas de economistas, que foram rebatidas pelo governo.
O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, reiterou que lei não foi desrespeitada em nenhum momento. Inicialmente, o governo deu sinais de que cumpriria a meta de superávit primário de R 155 bilhões, equivalentes a 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB). No entanto, o baixo crescimento da economia e as desonerações de impostos tiveram reflexos na arrecadação.
Para não descumprir a meta fiscal, a equipe econômica recorreu ao mecanismo que permite o abatimento de gastos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e de perdas de receitas com desonerações e reduziu a meta para 2,3% do PIB. (Agência Brasil)