O ator, apresentador e escritor britânico Richard O'Brien, autor do musical "The Rocky Horror Show", continua provocando polêmica décadas após abalar atitudes conservadoras em relação à sexualidade nos anos 1970. O'Brien diz ser 70% homem e 30% mulher, e contou em entrevista exclusiva à BBC que toma hormônio feminino (estrogênio) há mais de uma década, e está feliz por conseguir "suavizar o lado masculino". Mas tornar isso público levou tempo.
Até muito recentemente, o que se sabia mais claramente sobre a sexualidade de O'Brien estava no texto e nas canções de "Rocky Horror Show". O musical conta a história de um casal de noivos que se vê enclausurado no castelo do pansexual, cross-dresser e cientista louco Dr. Frank N Furter, que apresenta sua criação, o louro musculoso Rocky.
O musical se tornaria um dos mais cultuados de toda a história ao levar a grandes teatros de todo o mundo provocações como as canções "Sweet Transvestite" (Doce Travesti) e "I can make you a man" (Posso fazer de você um homem), uma homenagem ao corpo de Rocky.Em 1975, o musical ganhou os cinemas, com um elenco que incluía o próprio O'Brien e a novata Susan Sarandon no papel da noivinha Janet Weiss. Apesar do fracasso de bilheteria, o filme se espalhou através de cópias privadas e popularizou o texto de O'Brien para além de Grã Bretanha e Estados Unidos.
No Brasil, duas montagens são particularmente memoráveis: a primeira, de 1975, dirigida por Rubens Corrêa (com Eduardo Conde, Lucélia Santos e Edy Star no elenco, e música de Jorge Mautner e Zé Rodrix); e, já nos anos 80, a montagem de Miguel Fallabela, no Colégio Andrews, no Rio de Janeiro, que marcaria a estreia da cantora Marisa Monte nos palcos. 'Princesa encantada': Leia mais...