Escola exaltou o povo negro em seu enredo; Alegorias estavam luxuosas e imponentes
Marcos Porto / Agência O Dia
Beija-Flor fechou o primeiro dia de desfiles do Grupo Especial do RJ
Última escola a passar pela Sapucaí, na manhã deste sábado, a Beija-Flor de Nilópolis levou para a Avenida uma exaltação ao povo negro e ao seu legado cultural. Com uma forte mensagem contra o racismo e o preconceito, a Azul e Branco fez um desfile praticamente impecável, com destaque para as alegorias, que estavam luxuosas e imponentes. O abre-alas trouxe a ave-símbolo da escola também em proporção gigantesca.
O enredo mergulhou na história da Humanidade e dialogou com a atualidade ao lembrar, na comissão de frente, a morte do americano George Floyd, estrangulado por um policial em maio de 2020. Idealizada pelo coreógrafo Marcelo Misailidis, a encenação contou com forte iluminação cênica para impactar os jurados e o público.
Completando 30 anos de Sapucaí, o casal de mestre-sala e porta-bandeira Claudinho e Selminha Sorriso esbanjou técnica e entrosamento. A atuação do intérprete Neguinho da Beija-Flor foi outro destaque da noite, assim como a garra dos componentes.
Apesar de luxuosas e bem acabadas, as fantasias, no entanto, não contaram com tanta clareza o tema. A segunda alegoria demorou a entrar na Avenida, o que por pouco não comprometeu a evolução. O fato, porém, não deve prejudicar a agremiação, que brigará mais uma vez pelo título.