Camisa 9 marcou o 37° gol na Copa do Brasil e ultrapassou Romário; gol marcou a virada do Fluminense diante do Vila Nova
Fred marca virada do Fluminense e se torna o maior artilheiro da história da Copa o Brasil: 'Especial'
A terça-feira foi marcada pela estreia do Fluminense na Copa do Brasil, mas também por mais um feito individual de Fred . Ao marcar o terceiro gol, que cravou a vitória sobre o Vila Nova por 3 a 2, o camisa 9 ultrapassou Romário na disputa pela artilharia e se tornou o maior goleador isolado da história do torneio. Em seu último ano como profissional, o artilheiro falou sobre a emoção de contribuir para o jogo decisivo e honrar as três cores.
- Foi especial. Em 2022, também conquistamos o Carioca, que é muito importante para a gente. Sempre esperei e acreditei que coisas boas iriam acontecer no momento certo. Hoje foi mais que especial, porque entrei no 2 a 1, passei da bola na primeira vez e o Cano marcou, mas depois fiz o gol. Foi na superação, o Caio [Paulista] também sentiu a coxa e conseguimos [vencer] mesmo assim.
Na última temporada, Fred já havia se igualado a Romário na Copa do Brasil , com 36 gols. Apesar de saber que poderia chegar à marca, o centroavante contou que não sente a pressão no ano final da carreira, e que está aproveitando os momentos no Flu.
- Eu estou leve. Sabia que com mais um gol eu me isolaria [na artilharia], mas estou só curtindo cada almoço, jantar e treino com meus companheiros, a minha torcida… Hoje a minha família está aqui. Estou sem pressão, sem peso e sendo abençoado - disse.
No ranking da Copa do Brasil, o camisa 9 é o único que ainda atua. Atrás dele, estão Viola (29 gols), Oséas e Paulo Nunes (28 gols cada) e Dodô (26 gols). A vitória sobre o Vila Nova representou também o 55° jogo de Fred na Copa do Brasil, sendo 35 deles pelo Fluminense. No clube, o artilheiro chegou a 198 gols e, uma vez que se aposenta em julho, pode alcançar a marca dos 200.
Ídolo de diversas gerações de tricolores, Fred se despede aos poucos do clube e da torcida. Apesar de já ter data marcada para dar o derradeiro adeus, o atacante comentou que foi pressionado pela diretoria do Flu para que continuasse a carreira. O jogador disse que não considera a hipótese e afirmou que quer continuar acompanhando o clube como torcedor.
- O Mário já me pressionou, o Paulo também, mas eu quero curtir um pouco mais a minha família. Quero fazer coisas que nunca consegui durante a carreira, como levar e buscar na escola, ir na reunião de pais. Tenho uma filha adolescente e sinto que isso fez falta. Tenho 20 anos de profissão, curti muito e agora vou desfrutar um pouco da minha família e do futebol, porque é muita pressão. [Quando me aposentar] Vou estar no Maracanã, subindo a rampa, cantando, como torcedor… Quero fazer isso com o meu filho, já comentei sobre isso - finalizou.