Os sinais incluem alteração do hábito intestinal, dor ou desconforto abdominal e perda de peso sem causa aparente
Ex-jogador Pelé em foto de dezembro do ano passado
Pelé voltou a ser internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, para dar sequência ao tratamento do tumor de cólon, identificado em setembro do ano passado . Esse tipo de câncer está localizado no intestino grosso, também chamado de cólon e faz parte dos tumores de intestino, que também incluem o reto (final do intestino) e o ânus.
Os sintomas, de acordo com informações do Instituto Nacional de Câncer (Inca), incluem presença de sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados), dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente, alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas) e massa abdominal.
Como esses sintomas também são comuns a outras condições de saúde, menos graves, é importante procurar um médico para que seja feita uma avaliação correta. A maioria dos tumores de cólon tem origem na mucosa que reveste o intestino e pode levar anos para se formar. A detecção precoce, assim como a prevenção com a retirada de pólipos, pode ser feita pela colonoscopia. A recomendação é iniciar a realização de rotina desse exame a partir dos 45 anos de idade. O diagnóstico dos tumores de intestino, incluindo o de cólon, é feito por biópsia.
Segundo o Inca, a estimativa para 2020 foi de 40.990 novos casos, dos quais, 20.520 em homens e 20.470 em mulheres. É o segundo tipo de tumor que mais acomete os homens (depois de próstata) e as mulheres (depois de mama) no Brasil.
O câncer colorretal é mais comum em pessoas a partir dos 50 anos de idade, mas estudos recentes mostram que a doença está se tornando mais frequente em adultos jovens. Pessoas nascidas por volta da década de 1990 têm o dobro do risco de desenvolver câncer de cólon e quatro vezes o risco de ter câncer retal, em comparação com aquelas nascidas quatro décadas antes. Ainda não se sabe o por que disso, mas acredita-se que a alimentação moderna, com o consumo de alimentos processados, carne vermelha e até mesmo bebidas adoçadas com açúcas podem ter algum papel nisso.
Além da idade, os fatores de riso incluem histórico familiar, excesso de peso, alimentação não saudável, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas e doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn.
O câncer colorretal é altamente tratável se detectado precocemente. Os testes podem detectar crescimentos pré-cancerosos e removê-los. O tratamento para esse tipo de câncer inclui cirurgia, radioterapia e quimioterapia.
O câncer de intestino é considerado doença tratável e frequentemente curável. Por outro lado, se houver metástase para outros órgãos, como fígado e pulmão, as chances de cura ficam reduzidas.
O tratamento inicial consiste em cirurgia para retirada da parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos. Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, para diminuir a possibilidade de retorno do tumor.