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Alimentação saudável é protagonista no Dia Mundial da Saúde

“Às vezes os alimentos nem são vilões da alimentação, e o mais importante é incluir do que excluir os alimentos”, frisa a nutricionista

Foto: Reprodução

O Dia Mundial da Saúde comemorado dia 7 de abril, marca a data em que foi instaurada a Organização Mundial da Saúde, durante a primeira Assembleia Mundial da Saúde, em 1948. Atualmente, mais do que nunca, é necessário olhar para a alimentação como uma parte essencial para ter uma vida saudável. Segundo pesquisa da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, Política Distrital de Alimentação e Nutrição, 44,4% da população do DF consome regularmente frutas e vegetais por semana, porém somente 29,8% da população relatou o consumo de cinco porções diárias, que é o recomendado pelos especialistas. E ao longo dos anos, esse consumo diário ficou estacionado.
Segundo Caroline Romeiro, nutricionista esportista, presidente do Conselho Regional de Nutrição 1, o marcador de alimentação saudável são as frutas e vegetais, e às vezes as pessoas se preocupam muito se vão ter que cortar alguma coisa da dieta, ao invés de incluir alimentos que são protetores. “Às vezes os alimentos nem são vilões da alimentação, e o mais importante é incluir do que excluir os alimentos”, frisa. Caroline aponta que a população brasileira está comendo pouca fruta e vegetais.
“Se ao invés de pensar em tirar alimentos, pensar em incluir: vou comer pelo menos três frutas por dia. Já é uma grande evolução para incluírem um hábito saudável no dia”. Outra dica que ela dá, é se hidratar, tomar pelo menos dois litros de água por dia. “São pequenas coisas, pequenas mudanças que se as pessoas fizerem, estão um passo à frente para ter uma alimentação saudável. É como se fosse uma escala, uma prospecção, começa com pequenos hábitos saudáveis e depois vai mudando outras coisas”. Ela cita o refrigerante que é muito consumido e não é saudável, como algo que mais para frente as pessoas podem tentar deixar de consumir.
Caroline acredita que para ter saúde, é preciso rever e repensar como a gente está se alimentando. “Porque o nosso corpo depende de todos os nutrientes que vêm através dos alimentos, para que a gente mantenha todas as funções vitais, funções metabólicas, atividade celular, tudo isso em harmonia é o que garante saúde ao nosso corpo”.
De acordo com Caroline, quando se fala em alimentação saudável, é para se referir na alimentação baseada em alimentos in natura – frutas, hortaliças, cereais, como arroz trigo e derivados, feijão, carne, ovo, uma gama de alimentos minimamente processados, poucos alimentos industrializados, e ultraprocessados. “Porque a alimentação tendo a base desses alimentos, a gente tem uma alimentação saudável. O que caracteriza uma alimentação não saudável, está muito mais relacionada com o nível de processamento dos alimentos, onde entra a parte dos biscoitos recheados, bolinhos prontos, salgadinhos, e claro, os fast foods também”.
Segundo a nutricionista, a alimentação saudável pode ser acessível, especialmente quando a gente valoriza os alimentos da região e alimentos que estão na época. “Os alimentos da estação, além deles estarem mais baratos, são mais mais nutritivos porque eles precisam de menos agrotóxicos no plantio, e eles sempre são mais saudaveis”. Para ela, apesar de estarmos vendo um aumento do valor dos alimentos de modo geral, os produtos regionais da época impactam na alimentação como um todo.
O impacto da alimentação é fundamental para a imunidade dos nossos corpos. “O que é ter saúde, é estar em equilíbrio com o corpo, é cabeça, saúde emocional. Mas no contexto geral, a alimentação é um pilar”, afirma. Ela aponta que os três pilares da saúde são: exercício físico, alimentação saudável e sono de qualidade. Caroline salienta que é um ciclo, em que um vai ajudando o outro.
Na capital, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) prestam atendimento e atividades voltadas para a alimentação e nutrição saudável. Especialistas em nutrição compõem a equipe multiprofissional dos Núcleos Ampliados de Saúde da Família (Nasf), além dos demais profissionais das equipes de Estratégia Saúde da Família, que oferecem o cuidado necessário para as demandas nutricionais da população.
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