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O Ministério da Defesa da Rússia anunciou a primeira redução de ataques sem motivação humanitária desde o começo da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro. A pasta diz que vai “reduzir drasticamente a atividade militar em torno de Kiev e Tchernihiv”.
A motivação oficial é facilitar as negociações de paz que recomeçaram em modo presencial em Istambul, com a presença do próprio presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, nesta terça (29). Mas a medida, se vingar, também dá tempo ao Kremlin para adaptar seu discurso sobre a guerra.
Assim, permitir ao presidente russo, Vladimir Putin, tentar cantar vitória na criticada ação, mirando ganhos no leste e sul do país -isso se não dissimular um rearranjo geral de forças para um plano maior.
Os negociadores ucranianos fizeram a oferta de neutralidade militar -um dos objetivos centrais da Rússia no conflito, evitar a entrada da vizinha na Otan, a aliança militar ocidental. Demandam para tanto o fim das hostilidades e a retirada de forças russas.
Em troca, pedem garantias externas de segurança, algo bastante incerto em sua forma, mas que segundo. Continue lendo...