O ministro Paulo Guedes (Economia) e Rodrigo Maia (DEM-RJ) não se encontraram no seminário virtual organizado pelo IDP, do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes na manhã de quarta (9). Quando Guedes entrou, Maia, que já tinha discursado, já havia deixado a sala.
Em sua fala, Guedes justificou a mais recente rusga com o presidente da Câmara. Disse que Maia se aliou a governadores e prefeitos para criar um fundo de R$ 480 bilhões, bancado pela União, para compensar os efeitos da reforma tributária.
“Esse dinheiro não existe mais, desapareceu. Eu tive que dizer ao presidente da Câmara que não posso mandar técnicos bolarem uma reforma que está desalinhada com o que aconteceu e vai acontecer agora”, disse Guedes.
Em sua intervenção, o ministro afirmou ainda que está “dormindo mais tranquilo” desde que o governo formou sua base de apoio e tem nova liderança no Congresso.
“Agora tem eixo político o governo”, disse. “Não preciso mais correr de um lado para outro, pedindo pelo amor de Deus e às vezes sendo mal entendido”.
Segundo os presentes, Maia deixou a reunião porque tinha compromisso agendado com o presidente do STF, Dias Toffoli, homenageado em sessão solene da Câmara.
Gilmar Mendes, que é colega de Toffoli, ficou até o final da apresentação de Guedes.