A Polícia Federal programou para segunda-feira (11), na sede do órgão, em Brasília, o depoimento do delegado Alexandre Ramagem, que teve a nomeação para diretor-geral da instituição suspensa por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ele será ouvido no inquérito que apura suposta tentativa de interferência do presidente Jair Bolsonaro em investigações da Polícia Federal, acusação feita pelo ex-ministro Sérgio Moro.
No mesmo inquérito, serão ouvidos na terça-feira, às 15h, no Palácio do Planalto, os ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Walter Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo).
Delegados
O depoimento de Ramagem será colhido às 15h por um delegado do Serviço de Inquéritos Especiais (Sinq), grupo da PF responsável por inquéritos em curso no Supremo Tribunal Federal.
Outros dois delegados devem ser ouvidos na segunda: o ex-diretor-geral, Mauricio Valeixo, às 10h, em Curitiba; e o ex-superintendente da Polícia Federal no Rio, Ricardo Saadi, às 15h, em Brasília. A PF começou na tarde desta sexta a informar os advogados sobre a data.
O objetivo do depoimento de Ramagem é esclarecer os laços dele com a família Bolsonaro e as circunstâncias da indicação para comandar a Polícia Federal.
O ex-diretor-geral Mauricio Valeixo será ouvido por ter sido demitido por Bolsonaro, que indicou Ramagem para substituí-lo, mas não conseguiu emplacar a nomeação, barrada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, ao analisar uma ação movida pelo PDT.
O ex-superintendente da PF no Rio de Janeiro Ricardo Saadi deixou o posto após críticas de Bolsonaro à atuação dele, contestadas em nota oficial pela Polícia Federal.
As informações são do site G1.