A marcha liderada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ministro Paulo Guedes (Economia), na companhia de empresários e representantes da indústria, até o Supremo Tribunal Federal, hoje à tarde, onde foram recebidos pelo presidente, o ministro Dias Tóffoli, foi comparada há pouco por um deputado baiano a um episódio marcante ocorrido em Brasília por ocasião do fechamento do Banco Econômico.
Era 1995 e o Banco Central decidira intervir no mais antigo banco do país, fundado em 1834, então comandando pelo banqueiro baiano Angelo Calmon de Sá. Irritado com a medida, o à época senador ACM se fez cercar por praticamente toda a bancada baiana no Congresso e marchou em direção ao Palácio do Planalto para tomar satisfações do presidente Fernando Henrique Cardoso, seu aliado, no governo de quem a intervenção fora decretada.
A demonstração de força do cacique baiano, registrada por todos os veículos de comunicação na época, teria tido, no entanto, pouco efeito prático. O banco seria liquidado judicialmente no ano seguinte e, tempos depois, ele acabaria se desentendendo com Calmon de Sá, de quem morreu inimigo.