Uma medicação "promissora" contra o novo coronavírus, anunciada na semana passada pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontos, não animou especialistas.
A medicação é feita com a substância nitazoxanida, e é popularmente vendida com o nome de Annita.
De acordo com o UOL, o médico Vinícius Blum, da Farmoquímica, não se mostrou empolgado com o anúncio feito pelo ministro. Pelo contrároio. Ele explicou que as pesquisas capitaneadas pelo Ministério da Ciência e Tecnologia são totalmente diferentes dos estudos que vêm sendo feitos pela empresa com a substância.
Blum também destacou que não há interesse da empresa em estimular o uso do Annita. "Não há informação que o remédio seja eficaz e não estamos, de maneira alguma, estimulando ninguém a usar Annita para o tratamento de covid-19."
A Farmoquímica obteve autorização do Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa) para testar a nitazoxanida em um ensaio clínico com 50 pacientes infectados, todos em estado não crítico. O processo, conhecido como "prova de conceito", tem duração aproximada de 21 dias e mobiliza cinco hospitais de São Paulo. Os resultados devem ficar prontos no começo de junho.