O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje que não faltarão recursos para a saúde e nem para a economia. A afirmação do ministro foi feita durante videoconferência realizada pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, e 40 membros do Conselho Superior Diálogo pelo Brasil. O combate aos impactos da pandemia do coronavírus na economia foi o tema da reunião.
“Nenhum brasileiro será deixado para trás. Vamos liberar todos os recursos que a saúde necessitar e, da mesma forma, não deixaremos faltar liquidez na economia”, assegurou o ministro.
Ele também descartou aumento de impostos neste momento, como sugeriram alguns deputados. “A crise que estamos vivendo é transitória. Se aumentarmos impostos, quebraremos as pernas das empresas, o que vai impedir a retomada da economia mais adiante”, ponderou o ministro.
Para Skaf, “o dinheiro tem que chegar nas mãos das empresas”. Ele pediu ao ministro que a medida anunciada ontem (27) para financiar a folha de pagamento de pequenas empresas que faturam entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões por dois meses seja estendida às demais companhias, menores e maiores.
Guedes disse aos empresários que um dos grandes desafios agora do governo é conseguir mais testes para a população. Em resposta ao ministro, os empresários se dispuseram a contribuir comprando exames para testar os funcionários e passar o excedente para o poder público.
“Vamos comprar um milhão de testes. Cerca de 70 mil serão para os nossos colaboradores e o restante vamos doar”, disse o co-presidente do Conselho da Ambev, Victorio de Marchi.
Edgard Corona, presidente do Grupo Bio Ritmo/Smart Fit, também prometeu adquirir exames para seus funcionários e para a população. “Queremos inundar o Brasil de testes”, disse Corona.
Guedes disse que o ministro-chefe da Casa Civil, Braga Neto, foi destacado para cuidar da logística da distribuição dos exames doados pelas empresas.
PEC emergencial
Em outra videoconferência, promovida pelo BTG Pactual, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, comentou os projetos do Executivo que estão sendo discutidos no Congresso Nacional no momento. Ele afirmou que faz sentido manter acesa a discussão sobre a PEC emergencial porque o projeto vai dar garantia para os próximos anos. Para este ano, Mansueto afirmou que muitas medidas da PEC emergencial já estão sendo executadas pelo governo federal. Ele mencionou que não estão sendo feitos concurso público nem concedidos incentivos tributários em caráter emergencial.
Em outra videoconferência, promovida pelo BTG Pactual, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, comentou os projetos do Executivo que estão sendo discutidos no Congresso Nacional no momento. Ele afirmou que faz sentido manter acesa a discussão sobre a PEC emergencial porque o projeto vai dar garantia para os próximos anos. Para este ano, Mansueto afirmou que muitas medidas da PEC emergencial já estão sendo executadas pelo governo federal. Ele mencionou que não estão sendo feitos concurso público nem concedidos incentivos tributários em caráter emergencial.
Sobre o andamento da reforma tributária, o secretário afirmou que o debate entre os parlamentares já evoluiu muito. “Nunca vi Congresso tão engajado sobre a reforma tributária como neste momento”, disse o secretário. Mansueto participou de uma live com o presidente da BTG Pactual Asset Management e ex-ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, e com o sócio do BTG Pactual e ex-diretor do Banco Central, Eduardo Loyo.
Mansueto disse que a reforma administrativa pode esperar e que não precisa ser feita nos próximos três meses. Isso porque, disse o secretário, a proposta tem como objetivo tornar a carreira pública mais eficiente e não reduzir despesas. “Dizem que a reforma vai cortar salários, cortar custos mas não é nada disso. Temos de fazer a reforma administrativa para melhorar incentivos para o servidor”, disse. O ideal, portanto, para Mansueto é que a reforma esteja aprovada antes de começarem os concursos públicos recorrentes.
Questionado sobre a priorização que tem sido dada ao chamado Plano Mansueto, o secretário disse que a proposta tornou-se prioridade para os governadores por conta das dívidas com a União. Ele reforçou que, por conta da pandemia, o planejamento hoje “é de guerra” e pode ser feito considerando apenas um horizonte de apenas duas semanas.
Sobre a operacionalização do pagamento de R$ 600 aos trabalhadores informais, o secretário afirmou que serão usados diferentes cadastros, como o Cadastro Único que tem, segundo ele, o dobro de famílias do Bolsa Família. Para não deixar ninguém desassistido, o governo também vai aceitar os pedidos dos trabalhadores informais autodeclarados. As informações deles serão conferidas com outros cadastros, como os de bancos públicos, do Ministério da Cidadania.