A Polícia Militar da Bahia (PMBA) formou, na quarta-feira (3), 44 policiais para atuação em controle de distúrbios civis, como manifestações, rebeliões em presídios, reintegrações de posse e grandes eventos. O Curso de Operações de Choque, que teve duração de cinco semanas, começou com 72 alunos, mas 28 desistiram já na primeira semana devido ao grau de dificuldade.
Os militares foram capacitados para o uso de gás lacrimogênio, explosivos e balas de borracha. Na primeira semana do treinamento, conhecida como Semana Rústica, os policiais passaram por testes psicológicos e de aptidão física, incluindo lições de disciplina e autocontrole.
Entre os formandos estão 19 oficiais e 23 praças da PM, um sargento do Exército Brasileiro e um soldado da Polícia Militar do Maranhão. Para o soldado da PM, Fábio Oliveira, a primeira semana foi mesmo a mais difícil. "É uma seleção daqueles que têm maior resistência, existe uma pressão psicológica em cima do que o curso pede mesmo", conta. No entanto, a principal dificuldade para o policial não foram os testes de resistência.
"Pensei em desistir mais por saudade da família, não pelo curso em si, porque as instruções são muito aproveitadoras", revela. Para o colega soldado Moraes, "o desgaste físico e psicológico é muito grande. Vamos ao extremo, mas a sensação final é muito boa, é de superação", acrescenta. O curso inclui ainda aulas de defesa pessoal, direitos humanos, uso diferenciado da força, gerenciamento de crises, doutrina institucional, legislação aplicada, policiamento em eventos e noções de choque rápido.