A Polícia Civil de Macapá prendeu quatro pessoas na madrugada de quinta-feira (26), em Oiapoque. Eles são suspeitos de uma suposta compra e adoção ilegal de uma criança de sete meses. Foram detidos a mãe do bebê, um casal de Brasília que teria pago R$ 1.250 pela criança, e uma taxista que faria o transporte dos três na cidade, de acordo com a polícia.
O suposto processo de compra teve início em maio de 2015, quando a mãe estava grávida, contou o delegado Charles Corrêa, que efetuou a prisão e ouviu os envolvidos. Segundo o G1, ela teria falado em depoimento que era garimpeira e tinha outros filhos, e que, por isso, queria dar a menina que ainda gerava, à época. Segundo Corrêa, uma amiga dela teria informado que havia casais que compravam crianças. A mãe e o casal, de Brasília, teriam tido o primeiro contato telefônico alguns dias após a mulher manifestar interesse em vender a criança, cobrando R$ 1 mil pela filha, comprometendo-se a entregá-la logo após o nascimento
. Nos cinco meses restantes da gestação, o casal teria feito, conforme o delegado, transferências bancárias para a mãe, para custeio de exames e algumas peças de enxoval, conforme o delegado. A prática, classificada como “barriga de aluguel”, configura crime, indica Corrêa. “Prometer ou efetivar venda de filho a terceiros mediante recompensa, isso incorre para a mãe. Isso vale para pagamento em dinheiro ou outros bens. Independente da mulher pagar os R$ 1 mil na hora de receber. Ela já estar bancando a mãe conta como crime”, reforçou o delegado.