“Essa é nossa última chance de garantir a sobrevivência da Fifa.” A frase, dita à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo pelo príncipe da Jordânia, Ali bin Hussein, um dos cinco postulantes à presidência na eleição que ocorre nesta sexta-feira, reflete a crise que se instalou na entidade. No entanto, do discurso à prática o abismo é imenso.
Os métodos utilizados pelos candidatos que prometem criar uma “nova Fifa” são os mesmos dos cartolas que durante décadas controlaram a organização: distribuição de dinheiro e de privilégios e promessas de cargos.As regalias aos dirigentes/eleitores (são 207 com direito a voto) foram mantidas.
Eles podem desfrutar de privilégios diversos, limusines, hotéis de luxo e grandes festas. Apenas para gastos pessoais, cada um recebe US$ 1 mil por dia. E ninguém precisa prestar contas. No total, a Fifa vai distribuir mais de US$ 600 mil (R$ 2,4 milhões) para que os dirigentes possam pagar suas contas em Zurique.