Lousa digital, salas de cinema, tablets e salas 3D. Com investimento em tecnologia, escolas acreditam estar se modernizando, mas não acompanham a maior mudança provocada pela revolução digital: as novas formas de pensar e educar. “Por conta das tecnologias digitais, o aluno é levado a pensar muito mais do que o aluno antigo, que precisava decorar o conteúdo. Ele cria em cima do conteúdo”, explica o professor e mestre em tecnologia educacional Eugênio Cunha. A simples presença das tecnologias em sala de aula, portanto, não representa melhorias para o ensino.
Do Giz ao Tablet é um documentário que ouviu alunos, pais e professores sobre a modernização das escolas. Na opinião de Guilherme Françolin, publicitárioe e sócio-diretor da Santo Caos, consultoria que produziu o filme, a escola brasileira precisa mudar. “A tecnologia deixou a aprendizagem um pouco mais palpável, a sala de aula está mais interativa, mas não o suficiente”. “A geração atual quer tudo ao mesmo tempo.
A ideia do documentário era entender como os jovens e os novos pais estão lidando com essas mudanças na educação”, conta Françolin. “É nítida, no olhar do aluno, a comparação com as tecnologias usadas fora da escola. Eles têm uma tendência de querer tudo mais rápido e, quando a escola não dá isso, acham maçante”, concorda o professor Cunha.