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Após ficar três anos e sete meses foragido ex-médico divide cela com policiais

Mesmo havendo baixo risco de ser agredido, criminoso ficará por cerca de dez dias numa área da penitenciária chamada 'inclusão'.

    Depois de ficar foragido da Justiça por três anos e sete meses, o ex-médico Roger Abdelmassih, de 70 anos de idade, passou sua primeira noite de volta à penitenciária cercado por seis policiais civis. Desta vez, porém, nenhum deles o perseguia ou queria vigiá-lo. São companheiros de cela - policiais civis acusados de cometer crimes. Essa é uma característica da penitenciária de Tremembé (no interior de SP) onde Abdelmassih ficará preso.    Além de presos famosos, a maioria da população carcerária lá é formada por policiais ou filhos de autoridades ligadas às forças de segurança. Até por isso não há controle de facções criminosas nem rebeliões ou tentativas de fugas. Em tese, ele está na prisão em que corre menos risco de ser hostilizado por outros presos, mesmo sendo acusado de estupro.
    Risco de morte - No sistema prisional, presos acusados de crimes sexuais costumam correr riscos de morte. Mesmo havendo baixo risco de ser agredido, Adelmassih ficará por cerca de dez dias numa área chamada inclusão. É uma praxe. Serve para adaptação do preso e para ele descobrir se na prisão há algum inimigo mortal. Ao final desse período, passará ao convívio dos outros presos onde terá à disposição uma biblioteca com quase 7.000 exemplares, aulas de música e até tomar banho quente (raridade nas prisões).
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