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Casal dribla preconceito e filha vira menino

   Amor tem sexo? Essa foi a primeira pergunta que me fiz quando surgiu a proposta de escrever sobre a história de Ryland Whittington (foto), 6 anos, e o conceito de identidade de gênero na infância. Nascido menina, Ryland nunca se identificou com o seu sexo e afirmava que era um menino. No início, surpresos e imaginando ser uma fase, os pais não deram bola. Mas quando, aos 5 anos, a criança começou a rejeitar veementemente o universo feminino e exclamar “Por que Deus me fez assim?”, os pais consultaram especialistas, pesquisaram sobre o assunto e chegaram à conclusão: Ryland é transgênero.
    Transgeneridade é quando a pessoa, neste caso uma criança, não se expressa ou se identifica com o sexo designado ao nascer e não se comporta conforme o que esperam dela. A família de Ryland ficou chocada quando descobriu que 41% dos transgênero tentam cometer suicídio por não serem aceitos socialmente. É claro que os pais não queriam este destino para o seu filho. Sim, filho. 
   Passaram a se dirigir a ele no masculino, cortaram seu cabelo curtinho, redecoraram seu quarto, compram-lhe novas roupas e o mais importante: corajosamente anunciaram a todos os familiares e amigos a mudança. 
Deram seu incondicional apoio ao fruto do seu amor e validaram os sentimentos da criança. Alguns amigos não concordaram com a atitude dos pais e se afastaram. Outros abraçaram a decisão e a abençoaram. O que é mais importante, a opinião da sociedade ou a felicidade do filho?
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