Os servidores do Poder Judiciário Federal na Bahia decretaram greve por tempo indeterminado, ontem, em adesão ao movimento convocado pela Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe).
Por conta da paralisação, somente 30% dos 6 mil funcionários no estado estão em atividade. Apenas serviços de urgência estão sendo atendidos: mandado de segurança, perícias médicas, solicitações de liberdade de presos e casos nos quais a falta de atividade prejudique a concessão de direitos dentro de prazos.
Os grevistas reivindicam a implantação da data-base da categoria em 1º maio, o que garantiria reajuste anual aos trabalhadores; a regulamentação do direito à greve, por meio de lei complementar à constituição; a aprovação do Projeto de Lei nº 319/2007, que prevê adicional salarial a técnicos com formação superior; e a reposição salarial anual, com base na inflação dos últimos 12 meses. Os servidores afirmam que os funcionários na Bahia já acumulam perda salarial de 46%, por conta da soma da inflação anual desde 2006, quando foi concedido o último reajuste à categoria.
O movimento também pleiteia a implementação de uma política salarial permanente, o que, segundo eles, ajudaria a evita paralisações. "Essa política permanente evitaria a convocação de greve toda vez que um reajuste fosse reivindicado ", explica o coordenador de formação política do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal na Bahia (Sindjufe-BA), Frederico Barbosa. (Jornal a Tarde)