O número de empresas abertas caiu 15,7% no ano passado, quando foram abertas 30.907 empresas, contra 36.649 em 2011. O volume de fechamento também registrou diminuição - de 12.217 para 10.260, uma queda de 16,1%. Os dados são oriundos da Junta Comercial da Bahia, que informou que, também em 2012, as aberturas foram maiores registradas no segmento de Prestação de Serviços com 41,77% e Comércio Varejista com 38,12%.
Porém o segmento com maior número de fechamentos foi o Comércio Varejista com 13,21%. Segundo o economista e membro do Conselho Federal de Economia, Paulo Dantas, a retração na abertura de firmas envolve o atual momento econômico brasileiro. “O PIB teve baixo crescimento em 2012. Se a economia não está bem isso impacta diretamente no setor produtivo. O desempenho econômico vem caindo e (isso) obviamente reduz a abertura de novos negócios”, diz.
Ele aponta a questão burocrática brasileira como grande entrave. “Não se pode negar que abrir empresas no Brasil é estar sujeito a uma série de procedimentos burocráticos. A burocracia emperra e atrapalha o surgimento de novos negócios”, destaca. Ele ainda chama a atenção para a falta de conhecimento técnico para a abertura de negócios. “Tive uma experiência em família.
Meu filho abriu uma empresa que não foi para frente, e a questão envolvendo um maior conhecimento sobre o negocio que você quer abrir é fundamental. Estudos sempre apontam que pequenas empresas e novos negócios são mais vulneráveis”, avalia. Ele ressalta também que a alta carga tributária é impactante. “Nesse caso o custo tributário é incorporado ao valor do produto ou serviço prestado, mas de qualquer modo também é fator de influencia”, frisa. Instituto cria compressômetro: Leia mais...