Que dormir mal causa uma verdadeira pane no organismo, não se discute. Mas, no longo prazo, as consequências são graves: estresse, ansiedade e implicações gerais que podem levar a um quadro de problemas cardiovasculares. Após realizar mais de 60 mil check-ups médicos em executivos (homens e mulheres), a Med-Rio constatou que 25% da população examinada convive com insônia.
A primeira atitude a se tomar, e a mais difícil, alerta o fundador da Med-Rio, o médico Gilberto Ururahy, é aceitar e reconhecer que não se dorme bem. “Não adianta apresentar as tradicionais justificativas de ordem profissional, econômica e pessoal. É preciso assumir que o sono não está bom e enfrentar essa questão”, diz o médico. Noites mal dormidas, ao longo do tempo, alteram o metabolismo. O cortisol, gerado pelo sono mal dormido aumenta o ganho de peso corporal, desenvolve a hipertensão arterial e aumenta a glicose circulante.
Como ocorre o sono
O sono é composto de ciclos, ao longo dos quais se sucedem o sono leve, o profundo e o paradoxal (período em que ocorre atividade cerebral intensa, onde os sonhos estão inseridos), em uma proporção que muda durante a noite. No começo da noite até 3-4 horas da manhã, o sono profundo é mais intenso. Em contrapartida, a segunda parte da noite até o acordar, o sono é mais rico em sono leve e em sono paradoxal.
Como o sono profundo é o mais recuperador, é a primeira parte do sono que conta para essa finalidade, ou seja, as horas antes da meia-noite, se você dorme às 22h. É nesse período que é produzido o hormônio do crescimento, essencial à recuperação de todo o organismo. “E ainda fabricamos a melatonina, que zela pelas células e dá corda no relógio biológico. Mas se você é mais notívago e costuma dormir tarde, o sono recuperador virá depois, ou seja, após a meia-noite.”, diz Gilberto Ururahy. Leia mais...