Quase duas horas após o horário previsto, a presidente Dilma Rousselff subiu ao palanque montado Campo da Pronaica, em Cajazeira 10, para participar do comício do candidato a prefeito de Salvador Nelson Pelegrino (PT), na última sexta-feira (19).
Apesar de acenar e interagir com a plateia, a líder nacional parecia pouco confortável e, no início do seu discurso, errou repetidas vezes o nome do bairro que servia de sede para o evento, ao chamá-lo de “cazajeiras”. “Às vezes fico um pouco tatibitate, mas é a emoção”, desculpou-se, ao ser corrigida pelos militantes. Após o deslize, Dilma comentou a importância de um alinhamento entre as administrações federal, estadual e municipal e afirmou que, apesar de a sua gestão não perseguir ninguém, prefere atuar com aliados.
“Meu governo é do bem, mas para dar certo precisa de apoio. E o meu time está aqui comigo no palanque. Eu preciso de quem joga com a mesma camisa e, sobretudo, com os mesmos ideais”, disse a presidente. Apesar de afirmar que veio a Salvador “para falar bem de Peregrino” e não para criticar o postulante adversário, Dilma alfinetou o candidato do DEM, ACM Neto. “Tem gente que votou contra as cotas.
Tem gente que chamou o Bolsa Família de ‘Bolsa Esmola’. Tem gente que acha um absurdo o governo subsidiar moradia para os trabalhadores que não podem pagar, através do Minha Casa, Minha Vida. Tem gente que acha um absurdo abrir as portas das escolas particulares para a população de baixa renda, como acontece com o Prouni”, provocou a presidente.
Dilma encerrou a sua fala com um pedido para que a população de Salvador “ajude o time a ficar completo”. “Salvador não pode ter um governinho, não pode ter um governo pequenininho. Considerem Pelegrino. Meu governo não discrimina nem persegue ninguém, mas isso não significa que eu não sei quem faz parte do meu programa, da minha família”, finalizou Dilma. (por Mariele Góes - BN / Foto: IBahia)