O Ministério Público tentará uma pena mais alta contra a bacharel em direito Elize Matsunaga, 30, presa após confessar, segundo sua defesa e a polícia, a morte do marido, Marcos Matsunaga, 41. Elize deverá ser denunciada à Justiça pela Promotoria, no máximo até quarta-feira, por homicídio doloso triplamente qualificado (que serve para aumentar a pena): motivo torpe (vingança), recurso que dificultou a defesa da vítima e meio cruel. Ela também será processada por ocultação de cadáver.
A Polícia Civil havia apresentado duas qualificadoras para o crime: motivo fútil (ciúmes) e meio cruel. O inquérito do caso tem 532 páginas - 31 contêm o relatório final sobre o assassinato. Matsunaga foi morto em 19 de maio, no apartamento onde vivia com Elize e a filha de um ano, na Vila Leopoldina (zona oeste de São Paulo).
As três qualificadoras para o homicídio contra Matsunaga serão baseadas, entre outros elementos da investigação policial, no laudo necroscópico que apontou a causa de sua morte: "choque traumático (traumatismo craniano) associado à asfixia respiratória por sangue aspirado devido à decapitação".
Ou seja, após ser baleado na cabeça por Elize no apartamento, isso segundo a Polícia Civil e a defesa da mulher, Matsunaga foi degolado quando ainda estava vivo e agonizava. O laudo também diz que os braços foram arrancados com uma faca quando ele estava vivo.
No mesmo laudo consta que o disparo de pistola 380 de Elize contra o marido "foi de característica do tipo encostado", ou seja, à queima roupa, "da esquerda para a direita, de cima para baixo e de frente para trás". (informações da Folha/Foto:G1).