Os rumos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista, que investiga a rede criminosa de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, inquietou o líder do PT, Walter Pinheiro (BA).
Ao analisar os depoimentos dos governadores Agnelo Queiroz (PT-DF) e Marconi Perillo (PSDB-GO), o senador mostrou-se preocupado com o desvio de foco da apuração dos parlamentares.
“As pessoas estão tentando fazer disso uma espécie de fuga para evitar efetivamente o verdadeiro debate. O que nós queremos descobrir é como o crime organizado de Cachoeira se instalou na estrutura de Estado deste País”, ressaltou.
Para Pinheiro, chegou a hora de repensar os trabalhos. Na avaliação do senador, para que o trabalho da comissão seja bem-sucedido, é preciso focar nos dados e informações já disponíveis. “Esta CPMI nasceu diferente de todas as outras. Aqui os dados chegaram, os dados foram coletados antes.
Então, vamos fazer o cruzamento dessas informações e fazer a verdadeira vinculação de quem é que permitiu que o crime organizado pudesse grassar”, afirmou.
O petista destacou que o ponto-central da investigação é descobrir como se organizava a rede de Cachoeira, como se espalhou, por que criou tantas empresas e em que ramos atuava, de que forma a estrutura do Estado foi utilizada e quais os contatos e caminhos de influência foram traçados.