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Jovem denuncia que foi vítima de ataque homofóbico por vizinha em Itabuna

Um jovem de 21 anos denunciou, através das redes sociais, agressões que sofreu de uma vizinha, em Itabuna, na região sul da Bahia. Nas imagens, divulgadas por Lorran Oliveira, dá para ver ferimentos em várias parte do corpo, incluindo o rosto. Em entrevista ao G1, na tarde de terça-feira (1º), ele contou que a situação ocorreu porque ele é homossexual.
O caso ocorreu no domingo (30), no bairro do Pontalzinho. Por meio de nota, a Polícia Civil afirmou que 1ª Delegacia Territorial de Itabuna lavrou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) "por vias de fato, após um homem e uma mulher serem apresentados por policiais militares na delegacia". Os dois foram liberados em seguida.
Segundo a advogada do jovem, Daniela Amaral, providências foram tomadas via judiciário para que, além da lesão corporal, o caso seja investigado como crime de homofobia. O G1 tenta contato com a mulher suspeita de agredir o jovem.
Ainda de acordo com a polícia, Lorran e a vizinha foram ouvidos e o jovem recebeu uma guia para de exames de lesão. O procedimento será encaminhado para o Juizado Especial Criminal (Jecrim).
Segundo Lorran, ele, o namorado e três amigas estavam na porta de casa quando o companheiro precisou colocar o cachorro para dentro do imóvel. A vizinha, que estava no outro ponto da rua, teria imitado os gestos do rapaz. A situação só parou quando uma das amigas de Lorran chamou a polícia. Tanto ele quanto a mulher foram encaminhados para a delegacia da cidade. Mas só o jovem foi algemado.
“Minha amiga chamou a polícia. Eles chegaram e perguntaram o que aconteceu. Cada um explicou o que aconteceu. Havia muitos curiosos. Eles perguntaram se queira que terminasse ali ou levasse para a delegacia. Todo mundo preferiu ir para delegacia. Ele colocou ela no carro e queria me colocar no camburão. Todo mundo me defendeu, não deixaram que eu fosse no camburão. Fomos eu e ela no banco de trás. Chegando lá, ela prestou depoimento e me levaram para uma sala, onde me algemaram a uma barra de ferro. Eles tiraram a algema depois, quando fui prestar depoimento", contou.
Por meio de nota, a Polícia Militar disse que uma guarnição do 15º Batalhão foi até o local após ser acionada pelo Centro Integrado de Comunicações (Cicom). No bairro, os policiais militares encontraram um jovem com alguns arranhões na face e uma mulher.
A nota disse também que, "como ambos alegaram terem sido vítimas de agressões mútuas, foram conduzidos à delegacia do município".
Ainda de acordo com Lorran, ele conhecia a mulher por morar na mesma rua, mas não tinha intimidade com a ela. Apesar disso, ele pontuou que já foi alvo de brincadeira pejorativas feitas pela família dela. O jovem afirmou ao G1 também que tem tomado remédios para amenizar as dores que está sentido. Ele pontuou ainda que a situação é injusta e pediu justiça.
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