O Brasil tem nove estados com crescimento de casos e 10 com elevação de mortes por Covid-19 entre a 27° e a 28° semana epidemiológica, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados na quarta-feira (15).
Os estados que têm crescimento do número de casos nesse período são Tocantins, Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Já os entes da federação com aumento do número de óbitos nesse período são Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Distrito Federal.
O cenário da epidemia, porém, varia pelo país se os dados foram observados por região. A região Sul teve crescimento dos números, sendo de 8% no número de casos e 36% no número de óbitos. Isso também ocorreu no Centro-Oeste. Houve aumento de 6% do número de casos e 26% do número de mortes. Na mesma linha, o Sudeste teve aumento de 7% dos casos, mas ocorreu redução de 3% do número das mortes.
O Nordeste teve redução dos números, sendo 8% de novos casos e 4% de novas mortes. A região Norte teve redução de 9% dos casos e 20% a menos da quantidade de mortos. Segundo Arnaldo Correia de Medeiros (Vigilância em Saúde), a doença ainda está avançando para o interior. Os dados do governo mostram ainda que a doença chegou em 97,4% (5.428) das cidades brasileiras. Há 3.056 municípios com registro de ao menos um óbito.
Há 15 dias, na 26° semana epidemiológica, eram 90% (5.021) das cidades com algum caso de Covid-19 e 2.551 (45,8%) dos municípios com registro de morte. “Temos cenários regionais do ponto de vista geográfico e genético diferentes no país, por isso um comportamento diferente é visto de região por região. Isso também reflete na interiorização da doença, ela saiu da capital e migrou para o interior”, disse.
Apesar de o Ministério da Saúde ter anunciado a ampliação da testagem por meio do programa Diagnosticar para Cuidar, entre a 27° e a 28° semana epidemiológica houve redução de 18.703 de testes realizados. Arnaldo, entretanto, afirma que a testagem nas últimas três semanas tem crescido, mas há defasagem no cadastramento. “É uma questão de atualização, a partir dos dados consolidados, os números vão mudando. O aumento na testagem tem refletido na chance de encontrar casos novos”, finaliza.