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Vendida em garrafas, gasolina do Peru e da Colômbia chega a R$ 8

  Alvo de reclamações e até protestos em Manaus, o preço da gasolina chega a valores mais altos no interior do estado. Quanto mais distante o município, mais difícil é o transporte e mais caro o produto. Nas áreas mais remotas do Amazonas, o combustível só chega de balsa pelos rios, o que eleva o preço. Em algumas localidades, vendedores optam por comercializar a gasolina de países vizinhos, como a Colômbia e o Peru. 
   O produto é armazenado em garrafas como as de refrigerante. No município de Tabatinga, a 1150 km da capital amazonense, há apenas um posto de combustível. Nele, o litro custa R$ 4,30. O produto é oriundo da Colômbia - país com o qual o município faz fronteira. Por ser vendida sem qualquer controle de qualidade no armazenamento, a gasolina pode oferecer riscos a um veículo. 
   Mesmo sabendo disso, os consumidores ainda abastecem no local. "Vem suja, vem com água dentro, mas eu me sinto mais segura aqui", diz uma consumidora. A afirmação da consumidora é por conta da venda ilegal de combustívuel próximo ao local. Não é difícil flagrar a venda de combustível em garrafas descartáveis e com qualidade duvidosa. Já em Benjamin Constant, a 1118 km da capital, não existe posto de combustível. Lá, comum é a venda de gasolina peruana em garrafas plásticas.
     O preço é flexível, mas pode chegar a R$ 8. "[A garrafa cheia] É R$ 8, aí tem gente que quer de R$ 7 e a gente faz de R$ 7. Esse aqui é de R$ 5. [O consumidor] pede 'me dá um de R$ 5', daí a gente pega o de R$ 5 e coloca na moto. Aí tem de R$ 2, que é pela metade", diz o vendedor, mostrando as garrafas à reportagem da TV Amazonas. O vice-presidente do Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Amazonas (Sindcam), Geraldo Dantas, confirma que há dificuldade em mandar combustível para o interior do estado.
    "A logística para chegar ao interior é complicada e é cara. Os nossos rios no Amazonas não são retos, eles são em curvas. Às vezes, na linha reta, é uma quilometragem e no rio, às vezes, [navegamos] quatro, cinco vezes mais [que o normal]", ponderou. Com o último aumento, o preço médio do litro cobrado na capital é de até R$ 3,58. A diferença no preço médio cobrado entre a capital e as cidades do interior do Amazonas pode chegar a 40%.
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