O estágio final de testes de vacinas experimentais contra o ebola terá início em janeiro ou fevereiro nos países da África Ocidental mais afetados pelo vírus, enquanto cientistas e fabricantes de medicamentos correm para segurar o contágio da doença, informou na quinta-feira (8) a Organização Mundial da Saúde (OMS). Caso se provem eficazes, as injeções estarão disponíveis para envio poucos meses depois.
A epidemia já matou 8.235 pessoas, de um total de 20.747 infectados, segundo balanço da OMS divulgado nesta quarta-feira. Quase 90 especialistas de fabricantes de vacinas, agências reguladoras e ministérios da Saúde se reuniram na sede da OMS para revisar dados dos testes de segurança iniciais e finalizar os planos para os essenciais testes clínicos da fase três na Libéria, Serra Leoa e Guiné. "É do meu entendimento que não há grandes sinais de segurança reportados até o momento", declarou a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, em seu discurso de abertura, obtido pela Reuters.
"Todos nós queremos que o impulso e senso de urgência continuem", disse ela. "Muitos profissionais de saúde ainda estão sendo infectados, incluindo os locais e médicos e enfermeiros de equipes médicas estrangeiras." A reunião discute três projetos de ensaios clínicos em larga escala diferentes, que usam as mais avançadas vacinas para combater a doença. Duas vacinas da GlaxoSmithKline e outra resultante de uma colaboração entre a NewLink Genetics e a Merck entraram na fase inicial de testes clínicos no final do ano passado. Uma terceira vacina, da Johnson & Johnson e da Bavarian Nordic acabou de atingir o estágio de testes em humanos.