Muitos setores da política soteropolitana, principalmente aqueles ligados à oposição, comemoraram efusivamente o fato de o deputado federal Nelson Pelegrino (PT) e Olívia Santana (PCdoB) assumirem uma secretaria cada do governo de Rui Costa (PT). A questão não é vista só pelo reconhecimento dos dois quadros em suas novas funções, mas pelo caminho livre que será deixado para novos nomes postularem a candidatura da oposição para prefeitura de Salvador.
Tanto o petista como a comunista foram companheiros de chapa na eleição passada. Pelegrino prefeito e Olívia vice não foram fortes o suficiente para derrotarem ACM Neto (DEM) no segundo turno da eleição. Foram 53,5% dos votos válidos para o democrata ante 46,5% aos opositores. O petista também se candidatou em 1996, 2000 e 2004. O novo governador havia deixado claro, com declarações na imprensa, que utilizaria como critério não nomear possíveis candidatos em 2016 para fazer parte do seu secretariado.
A ideia do petista é priorizar a gestão, levando em conta que o escolhido, caso venha se candidatar, só levaria 15 meses à frente da função o que, segundo informações de bastidores, Rui acredita que atrapalharia o desenvolvimento da sua gestão. Pelegrino confirmou que seu foco agora é na secretaria. “Quando o governador me convidou para passar quatro anos na secretaria eu tinha ciência disso.
Ele vai ser o condutor do processo sucessório na próxima eleição, não só em Salvador, mas na Bahia inteira. A minha disposição é cumprir minha missão”, disse o petista. “Vou continuar cuidando das minhas bases. Sonho [de ser prefeito] nunca deixa de existir, mas agora tenho que seguir na função que me foi confiada”, completou.