Uma série de atividades programadas para o Complexo Cultural dos Barris, em Salvador, discute até a próxima sexta-feira (4) o período em que vigorou o regime militar no Brasil (1964-1985). A iniciativa é do projeto ‘Ditadura Militar, Direito à Memória: 50 anos do golpe militar de 1964’, desenvolvido pelas secretarias estaduais da Educação e da Cultura (Secult), através da Fundação Pedro Calmon (FPC). A programação, aberta ontem (02), inclui palestras, exibição de filmes e documentários, oficinas de graffiti, exposição de fotos, feira e lançamento de livros, apresentação de trabalhos acadêmicos e projeção de vídeos.
A apresentação de trabalhos acadêmicos e projeção de vídeos são protagonizadas por professores e estudantes do ensino médio da rede pública estadual, que apresentarão os vídeos produzidos por eles nos últimos meses. "Preparamos um projeto que pudesse ser levado às escolas para aprofundar o conhecimento da nossa juventude e dos professores sobre um período trágico, porém importante de nossa história", disse o secretário estadual de Educação Osvaldo Barreto. No primeiro dia de evento foram exibidos os filmes ‘Duas Histórias’, de Ângela Zoé e ‘Damas da Liberdade’, de Célia Gurgel e Joel Pimentel, em atividade patrocinada pela Comissão da Anistia / Ministério da Justiça.
Opressão e autoritarismo: No debate ‘Conversando com a Sua História: Especial – 50 anos de golpe de 1964’, professores de história e alunos discutiram a participação do movimento estudantil na resistência à opressão e autoritarismo. “Esses jovens foram os principais protagonistas da resistência, da luta contra a ditadura e contra a censura”, explica o professor Sílvio Benevides. O estudante Flávio Farias aproveitou a oportunidade para aprofundar os conhecimentos e refletir sobre o tema. “É fundamental olhar para trás e procurar não repetir os mesmos erros do passado”, concluiu.(SECOM)