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Sexo: Metade dos brasileiros está infeliz na cama

Maioria das mulheres britânicas faz sexo esporadicamente. Foto: Izabela Habur/Getty Images.
  Brasileiros têm a fama de gostar de sexo e serem bons de cama. A primeira afirmação está correta, somos o segundo país que mais faz sexo – com uma média de três relações por semana. Perdemos apenas para os gregos. Porém, quanto à qualidade, ficamos devendo. Metade da população está insatisfeita com sua vida sexual. É o que diz uma pesquisa inédita feita pela Durex, marca multinacional de preservativos. 
   “Essa insatisfação vem da necessidade de corresponder a uma expectativa. Temos os mesmos problemas sexuais de outros países – como dificuldade para ter ereção, para alcançar o orgasmo e perda de libido–, mas nos cobramos muito mais”, explica a coordenadora de estudos em sexualidade da USP, Carmita Abdo.
  A solução, segundo a psiquiatra, é ter mais tranquilidade. “O brasileiro se preocupa muito com a comparação e a avaliação que fazem dele. Se o amigo fala que faz sexo cinco vezes por semana, a pessoa acha que ficou devendo e já vai para a cama com a autoestima ferida”, afirma Carmita, que aconselha: “Precisamos ter mais de mais calma e aprender a dialogar mais e falar de nossas dificuldades sexuais”, alerta.

Apesar da insatisfação, somos mais criativos e protegidos
  O lado bom da pesquisa é que estamos à frente no quesito proteção. Entre os brasileiros, 66% usam camisinha na primeira relação sexual. “Apesar de não ser o ideal, o índice é o melhor do mundo”, analisa Carmita Abdo. 

   Além disso, o povo brasileiro é mais criativo na cama e dedica grande parte do seu tempo a outras praticas sexuais além da penetração. Ou seja: o brasileiro faz e recebe mais sexo oral, masturbação mútua e massagens eróticas. “Temos uma grande variação sobre as preliminares. 
   Treze porcento dos brasileiros não pratica preliminares, enquanto 33% investe de 16 a 30 minutos no hábito. Apesar da grande diferença, a pesquisa mostra que a maioria dos brasileiros se preocupa com outras atividades na cama além da penetração. É por isso que a fama de o brasileiro ter uma performance sexual boa é tão difundida no mundo todo. O correto é investir mais nas preliminares e se preocupar menos”, conclui a sexóloga.


Fonte: Diário de São Paulo
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