Todos os jogadores que disputarão a Copa do Mundo de 2014 no Brasil serão submetidos a um programa de passaporte biológico que a Fifa começará a implantar em 2013, com o objetivo de reforçar a luta antidoping, informou a entidade nesta sexta-feira.
A Fifa recebeu na quinta-feira em sua sede de Zurique os dirigentes da Agência Mundial Antidoping (WADA), que dois dias antes afirmaram que o futebol "poderia fazer mais contra o doping" e questionaram os motivos deste esporte não adotar medidas mais eficazes como o passaporte biológico.
"A Fifa foi a primeira organização internacional de um esporte coletivo a desenvolver os perfis longitudinais", afirmou Michel D'Hooghe, presidente da comissão médica da federação. "Nós o testamos no Mundial de Clubes de 2011 e 2012, e continuaremos na Copa das Confederações de 2013 com os controles sanguíneos em treinos e partidas.
Nosso compromisso é ter um passaporte biológico de todos os jogadores que participarem na Copa do Mundo de 2014", destacou o médico belga. O passaporte biológico da Fifa terá não apenas um componente sanguíneo, cujo objetivo é detectar as transfusões sanguíneas, de EPO o de outros produtos destinados a melhorar a resistência, mas também para detectar esteróides, com base na medição dos esteróides anabolizantes na urina.