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Corpo da 'mulher-macaco' é finalmente enterrado após 150 anos

     Nascida em 1834, em Sinaloa (México), Julia tinha várias partes do corpo cobertas de pelos e apresentava traços simiescos, como grandes gengivas e orelhas protuberantes.
      Com o título de "mulher-macaco", a mexicana foi levada aos 20 anos aos EUA pelo empresário Theodore Lent, de acordo com noruegueses que estudaram o caso. Depois, Julia acabou abraçando a "carreira artística", apresentando-se em circos de horrores na Europa. Morreu em 1860, em Moscou, por complicações no parto. O bebê também faleceu.
      O corpo de Julia foi mumificado a mando do empresário dela e do marido e ficou na Noruega. Só agora, após mais de 150 anos, o corpo da mexicana foi enterrado dignamente. O funeral se deu na sua cidade natal, Leyva, após longa batalha pela repatriação iniciada nos anos 80.
Julia Pastrana sofria de uma síndrome
 chamada de hipertricose (excesso de pelos). 
    "Que nós nunca mais vejamos uma mulher se tornar objeto de comércio", disse o prefeito de Leyva, Saul Rubio Ayala, de acordo com reportagem do "Guardian".
    Quando se apresentava para plateias ávidas por bizarrices, Julia foi classificada por médicos que tiveram a oportunidade de examiná-la como "um dos seres mais extraordinários vivos". Alguns chegaram a cogitar que a mexicana fosse um "híbrido de humano e orangotango".

Fonte: O Globo
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