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Juiz acusado de integrar quadrilha de traficantes nega crimes e reclama da prisão

Magistrado atuava na comarca de Juiz de Fora, na Zona da Mata.

       Interrogado durante três horas em Belo Horizonte na quarta-feira (17), o juiz Amaury de Lima e Souza, preso preventivamente por suspeita de integrar uma organização criminosa, negou todas as acusações. O magistrado da comarca de Juiz de Fora está preso desde junho de 2014, como resultado da Operação Athos, que prendeu 19 pessoas ligadas a uma quadrilha de tráfico internacional que lucrava R$ 20 milhões por mês. 
   Amaury de Lima e Souza responde por integrar organização criminosa, colaboração com associação para o tráfico de drogas, posse irregular de arma de fogo de uso permitido, conexão com outras organizações criminosas independentes, corrupção passiva, lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores e posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. A denúncia foi recebida, na sua integralidade, pelo Órgão Especial do TJMG no dia 10 de ; dezembro. 
     O juiz afirmou que possuía armas de uso restrito porque é um dos maiores colecionadores do Brasil. Também disse que está na magistratura há 25 anos, sendo 17 anos na área de execução penal. Ele considerou que assinou decisões polêmicas por ser "um juiz à frente de seu tempo". Ele reclamou do tamanho da cela e da qualidade da comida servida e pediu para ter a prisão preventiva convertida em domicilar. A defesa deverá oficializar o pedido por escrito.
       O juiz está detido no Batalhão da Polícia Militar em Contagem. Sobre a apreensão de R$ 250 mil dentro de casa, Amaury de Lima e Souza negou que fosse proveniente de acordos com criminosos e disse que juntava a quantia para a compra de um apartamento. Por causa de dívidas bancárias, o juiz teria receio de depositar o valor. O magistrado ainda detalhou pagamentos aos filhos e a compra de um Camaro, por quase R$ 200 mil, que foi dado de presente para a mulher.
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