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Quadrilha que atuava em vestibulares pode ter fraudado o Enem

Denúncias de fraude durante Enem 2014, exigem mais segurança na aplicação das provas. 

 No último domingo, 33 pessoas foram flagradas e presas por participar de um esquema para garantir vaga no curso de medicina da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (CMMG), localizada na Zona Oeste de Belo Horizonte (MG). Constam entre os detidos 11 fraudadores e 22 candidatos. Os envolvidos usavam equipamentos sofisticados de transmissão e recepção de dados por meio de telefones celulares e radiocomunicação. De acordo com as investigações, a quadrilha atuava em todo o país e também pode ter colocado em prática o mesmo esquema durante o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2014.
    Dois entre os presos são apontados como os chefes da organização criminosa. Trata-se de Áureo Moura Ferreira, morador de Teófilo Otoni (MG), e Carlos Roberto Leite Lobo, que vive em Guarujá (SP). A quadrilha foi investigada por mais de sete meses. Segundo o coordenador da Promotoria de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais, André Luís Garcia Pinho, os possíveis chefes do esquema mantinham um alto padrão de vida, tendo como renda fraudes em vestibulares, cobrando de R$ 60 mil a R$ 200 mil para garantir uma vaga. Dois Porsche pertencentes a integrantes do bando foram apreendidos.
   Nesta segunda-feira, policiais continuam a operação e cumprem mandados de busca e apreensão em Teófilo Otoni (MG), Montes Claros (MG) e São Paulo (SP). De acordo com o delegado Antonio Junio Dutra Prado, da Polícia Civil de Minas Gerais, o golpe consistia em inscrever médicos residentes e professores universitários em vestibulares. Eles faziam as provas e, depois de anotarem o gabarito com as respostas corretas, repassavam para Áureo. Usando um rádio transmissor, numa frequência ajustada com as escutas dos candidatos, ele repassava as respostas.
   Já a possível fraude do Enem 2014 teria como base um hotel em Pontes de Lacerda (MT), de onde passavam informações do gabarito das provas para vários candidatos. A Polícia Civil, juntamente ao Núcleo de Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público, pretende divulgar o resultado final da operação denominada Hemostase II nos próximos dias.

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